quarta-feira, fevereiro 29, 2012

Formar para inovar! - Formações 2012


O NTE Marabá, em parceria com a 4ªURE/Marabá fez uma diagnose, em novembro de 2011, com os professores da Rede Estadual de Ensino para levantar a demanda de formação para o ano de 2012. De acordo com os dados coletados (que podem ser conferidos aqui) ganhou relevo a solicitação de formação específica por área de conhecimento, coincidindo com a proposta da 4ªURE que é a formação de professores em contexto de trabalho por área de conhecimento. Nesse sentido construímos um calendário de formação contemplando a demanda dessa Regional por meio da formação continuada focada no uso das novas tecnologias no contexto escolar.
Para a realização da proposta de formação os professores serão atendidos nos seguintes polos Marabá Pioneira, Cidade Nova e Nova Marabá, conforme calendário de formação. Além de novas oficinas e atividades. Outras informações sobre o modelo de formação por área de conhecimento estarão disponíveis em breve no blog. 
Confira essas e outras formações também na nossa Agenda.

Uso de tecnologia na educação

MEC e secretarias anunciam a compra de milhares de tablets; tecnologia na escola é importante, mas discurso da inovação “a qualquer preço” precisa ser visto com cautela

Após assumir o Ministério da Educação, Aloizio Mercadante – que saiu do Ministério de Ciência e Tecnologia – deu ênfase em vários de seus discursos ao uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) na Educação como alternativa para tornar a escola “interessante”. Uma de suas primeiras ações como ministro foi anunciar a compra de 600 mil tablets a serem distribuídos a professores de ensino médio, com o que se gastará cerca de R$ 180 milhões.

“O arranjo social da escola e o quadro negro são do século 18, os professores, do século 20 e os alunos, do século 21. A reflexão internacional demonstra que o computador na escola deve começar pelo professor”, disse Mercadante, em entrevista ao jornal Estado de São Paulo.

A medida parece ter desencadeado uma corrida por tecnologia nos estados. Em São Paulo, na última semana, o secretário estadual de eduação Herman Voorwald anunciou um investimento de R$ 5, 5 bilhões para, entre outros, compras de lousas digitais e tablets por meio de parceria público privada. Também em fevereiro, o Estado do Pernambuco divulgou a informação de que distribuiria 170 mil tablets a estudantes de 2º e 3º ano do ensino médio, resultado de uma licitação que custou R$ 170 milhões (mil reais por aparelho).

O Brasil está atrasado? As secretarias e ministérios deveriam eleger outras prioridades? (Nos dois estados citados, os respectivos sindicatos de trabalhadores em educação denunciam, por exemplo, problemas estruturais como falta de professores).  Para os pesquisadores entrevistados pelo Observatório, é necessário que haja investimento em tecnologia, porém, junto com investimento em políticas pedagógicas.

Inovador não é sinônimo de qualidade

“Vivemos numa era em que inovador virou qualidade, passa a ser banalizado. Só de ser tecnologia já faz da coisa algo legal. Acho que não: a introdução tem que obedecer condições, tem que ser feita respeitando processos da escola, da comunidade, das reais necessidades”, discute Michelle Prazeres, pesquisadora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, em que estuda mídias e tecnologias na educação paulista.

Michelle, apesar de defensora da tecnologia, vê a introdução apressada às escolas com cautela. Para ela, uma introdução pura e simples não adiantaria nada, mas se bem aplicada, a tecnologia poderia melhorar a qualidade da educação: fator mais importante da discussão, que justificaria a implementação das TICs. “Não adianta fazer o discurso da modernização de que está se promovendo a tecnologia se não se trabalha com projetos que modifiquem de fato a realidade da escola”.

As vidas humanas são cada vez mais informatizadas, e as escolas e as secretarias estaduais e municipais não são. As atribuições de classe, ao menos para o Estado de São Paulo, ainda são analógicas, tornando o processo lento e tortuoso. O espaço da tecnologia nas escolas são os laboratórios de informática, os computadores com internet da sala dos diretores, e não as salas de aula (informações da Pesquisa sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação no Brasil : TIC Educação, de 2010, feito pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil). Segundo essa mesma pesquisa, 100% das escolas (urbanas) possuem pelo menos 1 computador, 93% têm internet (sendo 87% com banda larga), e 81% das escolas pesquisadas possuem laboratórios de informática.

Muitas vezes as escolas não sabem o que fazer com os artefatos de tecnologia e até proibem que alunos utilizem smartphones e celulares nos ambientes educativos, reprova Luciano Meira, professor de Psicologia da Universidade Federal de Pernambuco, responsável pela criação das Olimpíadas de Jogos Digitais e Educação (OJE), um projeto especial da Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco. É uma rede social onde participa toda a comunidade escolar, e é rica em jogos (cujo substrato e desafios são matérias dadas em sala de aula). O desenvolvimento da OJE inspirou a criação da empresa Joy Street , de desenvolvimento e criação de jogos conversacionais.


Professores


Entusiasta da ferramenta, o professor Luciano diz que essa rede social não existe para alterar os contatos sociais, mas pra criar mais espaços de diálogo, mais interação entre alunos e professores. E o professor que não quiser participar ajuda os alunos precisa apenas dominar seu conteúdo acadêmico: “Muitos professores não vão entrar na cultura digital, e eles vão ser úteis também: podem continuar contribuindo se construirmos ambiente de aprendizagem onde a curiosidade do aluno seja acolhida pelo professor”.

Um exemplo dado por Luciano é um jogo de biologia em que os alunos têm que atacar vírus dentro de um corpo humano. O professor de biologia ajudará os alunos nos desafios por saber explicar essa matéria – leia a entrevista completa aqui.

Para Luciano, a tecnologia não deve ficar “confinada”  nos laboratórios de informática, em que fazem exercícios desinteressantes aos alunos. Uma sala de aula com todos conectados em alguma rede social, diz o professor, permitira uma troca mais rica: “O que aconteceria é que o que antigamente chamávamos de conversa paralela, apareceria na linha de tempo de todo mundo. Começaria a aparecer pra todos e não só para um grupo restrito”.

Isso porque a aula tradicional, que dá mais voz ao professor, não potencializa quanto seria possível a voz do aluno e a troca. Michelle considera a OJE um bom exemplo de uma implementação de tecnologia. Porém a regra, diz, é os processos serem atropelados, com a mídia e a sociedade se seduzirem pelo discurso da inovação em si, e acabarem culpabilizando os professores, que estariam "freiando" a modernização da escola - sendo que são eles e elas o principal fator da boa educação. É um problema cair no discurso da "tecnologia de qualquer jeito", a qualquer preço, diz.

Um bom programa de inclusão tecnológica da escola, acredita, pode ser feita de forma fantástica em desktops, e uma simples compra de tablets de última geração podem ter um impacto mínimo, dependendo da forma como for aplicado.

Prioridade de investimento

A discussão sobre o financiamento que ganhou espaço no ano passado com o Plano Nacional de Educação fez a sociedade atentar-se a uma questão: faltam recursos para a educação. Apesar de tudo ser prioritário para investimento, inclusive a tecnologia, o professor Rubens Camargo acredita que o principal gasto tem que ser para pagamento de professores. Rubens é professor da Faculdade de Educação da USP e foi Conselheiro do Conselho de Acompanhamento e Controle Social do Fundef do Município de S. Paulo.

“Os salários dos professores no Brasil de norte a sul são irrisórios. Dá vergonha. É uma situação que só pode ter alternativa se colocada como prioridade. Para isso tem que ter muito mais recursos”. Depois de atendida essa prioridade de recursos, diz, viriam todas as outras. A tecnologia faz parte de um ambiente com condições adequadas de trabalho. Assim como uma biblioteca, são recursos físicos e materiais para as equipes montarem adequadamente seus projetos pedagógicos.

“Tem que ser tudo ao mesmo tempo. As carências no Brasil são de todas as naturezas em termos sociais, e a principal é carência é a da condição docente e os funcionários das escolas”.

Fonte: http://www.observatoriodaeducacao.org.br

terça-feira, fevereiro 28, 2012

Piso do magistério deve ser reajustado em 22,22% e passar para R$ 1.451


Valorização do professor

Segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012 - 18:00
O piso salarial do magistério deve ser reajustado em 22,22%, conforme determina o artigo 5º da Lei 11.738, de 16 de junho de 2008. O novo valor será de R$ 1.451,00. O piso salarial foi criado em cumprimento ao que estabelece o artigo 60, inciso III, alínea “e” do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

Conforme a legislação vigente, a correção reflete a variação ocorrida no valor anual mínimo por aluno definido nacionalmente no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) de 2011, em relação ao valor de 2010. E eleva a remuneração mínima do professor de nível médio e jornada de 40 horas semanais para R$ 1.451,00.

Assessoria de Comunicação Social

Retirado do site: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17542

sexta-feira, fevereiro 03, 2012

Ministério distribuirá tablets para professores do ensino médio

O Ministério da Educação vai investir cerca de R$ 150 milhões neste ano para a compra de 600 mil tablets para uso dos professores do ensino médio de escolas públicas federais, estaduais e municipais. De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, os equipamentos serão doados às escolas e entregues no segundo semestre.

O objetivo do projeto Educação Digital – Política para computadores interativos e tablets, anunciado pelo ministro Mercadante nesta quinta-feira, 2, é oferecer instrumentos e formação aos professores e gestores das escolas públicas para o uso intensivo das tecnologias de informação e comunicação (TICs) no processo de ensino e aprendizagem.

Para o ministro, o mundo evolui em direção a uma sociedade do conhecimento e a escola tem que acompanhar esse processo. “É muito importante que a gente construa uma estratégia sólida para que a escola possa formar, preparar essa nova geração para o uso de tecnologias da informação”, disse. Segundo o ministro, esse é um processo e o governo federal quer acelerar, sem atropelos. “É evidente que a tecnologia não é um objetivo em si, nada substitui a relação professor-aluno.”

A tecnologia, afirmou, vai ser tão mais eficiente quanto maiores forem os cuidados pedagógicos e quanto maior for o envolvimento dos professores no processo. “Estamos definindo que, na educação, a inclusão digital começa pelo professor.”

O projeto compreende o computador interativo - equipamento desenvolvido pelo MEC, que reúne projeção, computador, microfone, DVD, lousa e acesso à internet, e o tablet. Os computadores interativos já foram distribuídos para as escolas do ensino médio e no segundo semestre chegam os tablets. Esses tablets serão nos modelos de 7 ou 10 polegadas, bateria com duração de 6 horas, colorido, peso abaixo de 700 gramas, tela multitoque, câmera e microfone para trabalho multimídia, saída de vídeo, conteúdos pré-instalados, entre outras características.

Aos computadores serão integradas as lousas eletrônicas, compostas de caneta e receptor. Acopladas ao computador interativo (equipamento com computador e projetor, ofertado pelo MEC aos estados e municípios), permitirão ao professor trabalhar os conteúdos disponíveis em uma parede ou quadro rígido, sem a necessidade de manuseio do teclado ou do computador.

Além de enviar equipamentos, o MEC oferece cursos de formação aos professores. Segundo Mercadante, mais de 300 mil professores já fizeram o curso do ProInfo, e agora os 600 mil que lecionam no ensino médio terão à disposição um curso de 360 horas para trabalhar com as novas mídias. A qualificação será feita pela rede de formadores do ProInfo, que já trabalha com especialistas de universidades públicas.

Fundamental
- Pelo cronograma do projeto Educação Digital, assim que for concluída a entrega de tablets para as escolas do ensino médio, terá início a distribuição para os estabelecimentos do ensino fundamental que oferecem os anos finais e a seguir para os anos iniciais. Foram pré-requisitos para definir por onde começar a distribuição de tablets: ser escola urbana de ensino médio, ter internet banda larga, laboratório do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo) e rede sem fio (wi-fi).

Conforme o ministro da Educação, com a entrega de novas tecnologias da informação, professores e escolas públicas vão poder combinar esses instrumentos com as demais mídias. Ele citou o Portal do Professor, que é um dos espaços mais consultados pela categoria e que ainda pode e deve ser ampliado. Hoje, disse, estão disponíveis no portal 15 mil aulas criadas por educadores e aprovadas por um comitê editorial do MEC. Mercadante anunciou que vai lançar editais e constituir um comitê nacional para selecionar e recomendar as melhores aulas que estarão disponíveis para todos os professores. 

Ionice Lorenzoni

Fonte: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17479 em  03/02/2012.

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