É difícil precisar a riqueza e a diversidade encontrada no
evento acima expresso ocorrido em Aracaju/SE de 21 a 25 deste, porque nosso
olhar sempre é limitado, o que dissermos não passará de uma visão construída
pela experiência. Em se tratando de experiência foi o que muitos ousaram em
suas explanações, expressar com toda convicção as crenças que alimentam a
educação, permeada pela IE (Informática na Educação). Não dá para imaginar em
melhoria da prática educativa sem o foco das tecnologias digitais que fazem
parte do cotidiano dos alunos e de todo cidadão contemporâneo, das atividades
simples em ambientes como o familiar em que se operam vários aparelhos eletro eletrônicos
aos ambientes mais amplos da vida em sociedade está presente na vida das
pessoas. A educação que necessita valorizar a experiência do educando para
garantir que o currículo escolar contemple sua cultura, precisa se apropriar das
ferramentas digitais como objetos de aprendizagem, que possibilitam a construção
do conhecimento.
O como fazer se realiza por muitos meios, quando há clareza da
concepção pedagógica que norteia a prática, a intenção se expressa nos objetivos
pretendidos expressos nos planos e projetos que instiguem a criatividade, o
saber aonde pretende chegar, adotando um determinado recurso ou conteúdo, facilita
a busca dos meios mais propícios, da metodologia mais apropriada. Poder contar
com os recursos dessa tecnologia possibilita (re) configurar o cenário da intervenção
pedagógica, para além dos limites do espaço físico e de apenas um condutor/ator
dos atos resultantes dos fenômenos sociais e culturais da vida em socieade.
Quando
o virtual transforma-se em ambientes de aprendizagem, o horizonte de vislumbre
sobre as possibilidades de criação do real se amplia, as experiências se
enriquecem e a aprendizagem colaborativa torna-se viável. As redes virtuais,
que hoje se encontram tão popularizadas
no meio dos denominados nativos digitais, a geração que pretendemos educar,
podem ser subvertidas para redes de aprendizagem colaborativa. Poderíamos imaginar
em democratização do saber por essa dimensão, que já ocorreu em nossa história
quando se construía mais salas de aulas com o discurso da universalização da
educação.
A questão hoje da sala de aula talvez não esteja resolvida para
muitos, que ainda não tiveram acesso a educação escolar, mas esta sala de aula precisa
ser repensada no âmbito das políticas públicas. Oferta e/com qualidade é necessidade, deve ser prioridade,
especialmente num momento em que se foca tanto os resultados adotando inúmeros
mecanismos de avaliação. Pensar numa prática transformadora que possibilite o
acesso ao conhecimento de forma democrática/participativa
passa pela valorização do profissional da educação, sem ele não tem tecnologia
favorável, com isso pode-se pensar em processos formadores que almejam
determinados resultados. Assim, o campo de atuação do profissional da educação,
enquanto instância formadora é antes de tudo, um campo de formação, no qual se
expressa a política que tenta compreender o processo pelo qual o sujeito que
aprende passa porque visa o alcance da qualidade
na formação humana.